
Da mesma maneira
Que escrevi todos
Os poemas que já saíram
Deste solitário ser,
Escrevo mais este.
Mas pretendo pôr
Qualquer coisa diferente neste,
Verso por verso,
Eu deixo transparecer a verdade.
Tenho-a sempre presente
Em cada movimento do lápis.
De dentro do meu alvéolo,
Meu coração,
Sai com exactidão
O sentimento mais puro.
Não minto às palavras,
Deixo sempre meu frágil âmago
Falar por si.
Nunca menti
E jamais mentirei
Em cada poema que escreverei,
O meu «eu»
Nem existiria
Se a mentira sobressaísse
Pela vez do meu amor.
Este principio imutável,
Conduz a minha vida de escritor.
As letras libertam
A imunização
Livrando-me da solidão.
Não te minto «Poesia»,
Tendo uma relação
Mais próxima contigo,
Muito mais íntima...
Esta intimidade
Faz-me sentir saudade,
Quando não tenho tempo
Para escrever.
Até ao meu último dia
Sentirei o mesmo que sinto.
Será igual o gosto
Que tenho em te ouvir.
- Prometes que não me vais fugir?
Não minto
Porque te sinto.
Não minto
Porque preciso de ti.
Poesia,
Por favor, fica aqui!
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