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sexta-feira, janeiro 12, 2007

Não minto


Da mesma maneira
Que escrevi todos
Os poemas que já saíram
Deste solitário ser,
Escrevo mais este.
Mas pretendo pôr
Qualquer coisa diferente neste,
Verso por verso,
Eu deixo transparecer a verdade.
Tenho-a sempre presente
Em cada movimento do lápis.
De dentro do meu alvéolo,
Meu coração,
Sai com exactidão
O sentimento mais puro.

Não minto às palavras,
Deixo sempre meu frágil âmago
Falar por si.
Nunca menti
E jamais mentirei
Em cada poema que escreverei,
O meu «eu»
Nem existiria
Se a mentira sobressaísse
Pela vez do meu amor.
Este principio imutável,
Conduz a minha vida de escritor.
As letras libertam
A imunização
Livrando-me da solidão.

Não te minto «Poesia»,
Tendo uma relação
Mais próxima contigo,
Muito mais íntima...
Esta intimidade
Faz-me sentir saudade,
Quando não tenho tempo
Para escrever.
Até ao meu último dia
Sentirei o mesmo que sinto.
Será igual o gosto
Que tenho em te ouvir.
- Prometes que não me vais fugir?

Não minto
Porque te sinto.
Não minto
Porque preciso de ti.
Poesia,
Por favor, fica aqui!

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