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quinta-feira, novembro 24, 2005

“ Contigo eu falei “

Saí de casa,
Pelo passeio segui,
Foi bom quando ao fundo te vi...
Como o tempo não se atrasa,
Cheguei à tua beira,
E perguntei-te que horas eram...
Essa foi a maneira
Que eu encontrei para falar contigo...
As horas me disseram,
Que talvez te encontrasses comigo...

Contigo eu falei,
Quando as horas te perguntei...
Nesse instante para os teus olhos olhei,
E foi bom o que neles observei...
Carinho, simpatia, alegria,
E um lado meigo que queria ocupar...
Gostava de te fazer companhia,
Quando a vida por algum motivo te magoar...
Espero que entre nós, reine a amizade,
Lado a lado com a sinceridade...

Depois daquele momento,
Fui para a escola a pensar em ti...
Num pensamento,
Recordava o que aconteceu ali...
Não me admira, se dali nascesse um sentimento!

Ao vir da escola, continuavas no pensamento meu,
Algo no céu, perguntava pelo sorriso teu...
As estrelas precisavam do brilho do teu olhar,
Por isso, por ti, eu decidi esperar...
Alguns minutos passaram,
E as estrelas ainda não se calaram,
Queriam saber se ainda demoravas a chegar?
Mas eu não tinha meios para adivinhar,
Olhei para o fundo do passeio, e estavas a chegar...
Era muito bom olhar para ti, ver-te a aproximar...

Contigo eu falei,
Algumas coisas te perguntei...
Foi bom saber que não namoras,
Talvez seja por algum motivo que nos ultrapassa...
Adoro olhar-te, quando por mim a tua beleza passa...
A uns dias que queria saber onde moras,
Ainda bem que eu, já algum tempo descobri...
Assim sabia que mais vezes passaria por ti...

quarta-feira, novembro 16, 2005

“ Que lindo momento “

Quando te vi,
Ao vires ter comigo
Não imaginei que fosses aquela pessoa.
No cruzamento dos nossos olhares, é que percebi
Que estava de verdade contigo.
O que me magoa
É ser apenas teu amigo.

Se fosse mais,
Podia-te tocar,
Ou até beijar...
Sei que isso jamais
Irá rolar,
Não te quero enrolar
Apenas te queria mostrar
Que eu sou diferente,
Para mim o amor
Tem um significado ausente...

Ausente da dor,
Da paixão
Da desilusão
Das armadilhas do destino...
Eu já não sou nenhum menino,
Por isso sei muito bem
O que queria que acontecesse entre nós...
No futuro até que podes ter alguém,
Mas agora estamos sós.

Adorei mesmo poder olhar para ti,
Poder sentir-te perto de mim.
Meu coração guardou tua imagem,
Aquele lindo momento em que te senti...
Que te senti no meu jardim,
Onde o teu ser é a mais linda paisagem...

Foi muito bom apreciar
A tua forma de andar,
A tua maneira de falar,
E o brilho do teu olhar...
Sinceramente, é melhor ver-te
Ao vivo, do que através do pc.
Por isso, penso em rever-te
O mais rápido possível...
Tão bom estar perto de você,
Porque és incrível...

Que lindo momento,
Que foi aquele em que te vi...
Em que estive perto de ti...
Guardei-o em meu pensamento,
Adorava que dele nascesse um sentimento,
E que por ti fosse correspondido...
Contigo ele fosse dividido,
E não ficasse esquecido
No meu coração perdido...

terça-feira, novembro 15, 2005

Palavras codificadas

As minhas palavras se perdem
Em pensamentos
Ou alucinações...
Perdem o sentido da ordem,
Misturando-se com sentimentos.
Imagino-me contigo em diferentes situações,
Em várias reflexões,
Que acontecem
Quando me sinto carente,

Sendo envolvido num ar mais quente,
Me enlouquecem
Sem saber o motivo...
Não sei a que isto é relativo,
Porque continuo sem ti...
Sem te teu corpo aqui,
Para compreender o que imagino,
Ou se fará parte do meu destino
A tua presença na minha vida...

(Eu sei que isso nunca saberei,
Nem sei ao certo, até onde irei...
Percebo que tantas vezes me perguntarei,
Por que não estarei
Eu contigo, se te vejo ao pé de mim?)
Nestas palavras vou tentar
Pôr nisso um fim,
Mas parece que a verdade não me quer visitar!

É algo que não tem explicação,
Concreta, ou crente...
Mas realmente,
Isto deve ser só uma invasão
Da minha vontade...
Vontade de estar perante esse teu olhar,
E partilhar
Contigo, a mesma felicidade
Desse mesmo momento...

Em cada palavra eu entro,
E tento
Decifrar o que está codificado,
Mas não consigo nada
Porque não estou ao teu lado...
Minha vida deve estar um pouco desequilibrada,
Porque não estás comigo,
«Mas será que eu estarei em algures contigo?»

sexta-feira, novembro 04, 2005

" Primeiro dia "

Fui como habitualmente
De tarde, para a videoteca...
Ao fim de ir para os computadores
Fui ver um filme. Certamente
Estar ali, sozinho, seria uma seca.
(Pensei eu) No filme veria tantas cores...
Mas quando entrei
Onde estavam os televisores,
Meu olhar com um cruzei.

Então fui em direcção
À televisão, onde me ia sentar.
Coloquei os auscultadores,
Mas antes me sentei, com uma previsão.
Na minha frente estava ela e seu olhar,
O olhar que despertava tantas cores.

Seu ar rebelde e seu rosto tão lindo.
(Ter contigo eu estou indo
Num sonho ou num desejo,
Era bom interromper esse momento
Com um suave beijo.)
Essa ideia entrou em meu pensamento,
Por estar fixamente a olhar para ti.
(Não tirava meu olhar daí,
Onde sentada estavas.)
Cada vez que para mim olhavas,
Dentro de mim entravas.

Percebi que também correspondias
Aos meus imensos olhares.
Quando dentro de mim ficares,
Dar-me-ás muitas alegrias.
(Tornaste, diferentes estes dias...)

Não conseguia parar de olhar,
Pra onde indicava meu coração.
Eras a minha direcção,
Nada me conseguia perturbar.

(Para onde te viravas,
Parece que me chamavas,
Por isso te seguia,
Teu olhar eu sempre via.
Linda tu és,
Perfeita da cabeça aos pés.
Falar contigo eu queria,
Mas um pouco recearia.)
O tempo passou,
Meu coração te guardou,
Te gravou...
De noite não dormi,
Porque numa sombra te vi.
Nela te encontrei,
Quando te beijei,
Parece que acordei....

" Não compreendo "

Não compreendo este mundo em que vivemos,

Não compreendo muito bem o que queremos,

Ou o que com estas Guerras pretendemos...

Não compreendo porque as pessoas rezam,

Se nem dos seus pecados se arrependem.

Não compreendo porque as leis respeitam,

Se matas e roubas, mas ninguém te prende...

Não compreendo o que na escola ele aprende,

Se é o que vê

Na noite, que lhe serve de lição.

Não compreendo aquilo em que ele crê,

Se ninguém respeita a sua religião.

Não compreendo porque aquela criança

Nunca tem o que comer.

Se ainda resta alguma esperança,

Alguma coisa têm de fazer.

Não compreendo porque ele chora,

Se sua dor alguém ignora.

Não compreendo o que tu queres para ti,

O que procuras e não encontras aqui,

Mas se não encontras na vida

Será que encontrarás na morte?

Não compreendo qual o motivo dessa ferida,

Se tanta falsidade não há quem suporte.

Não compreendo porque ele quer trabalhar,

Se é a roubar

Que seu império consegue levantar...

Não compreendo porque tive de nascer,

Se vim no meio deste Mundo me meter...

Se procuro tantas respostas,

Mas todos me viram as costas!

Não compreendo o motivo dessa revolução,

Se para isso nem tiveram razão...

Não compreendo o pensamento das pessoas,

Se até as inocentes crianças magoas!

Não compreendo nada do que escrevi,

Nem sei ao certo o que faço aqui...

“ Uma história “

As nossas conversas

São excertos de uma história

Inacabada.

Elas no tempo ficam dispersas,

Ficando na memória

De uma madrugada...

De um dia

Cheio de harmonia

Por ser a tua companhia.

Minha alegria

É porque estás comigo,

Nesse excerto amigo.

Uma madrugada

Que juntará

Todos esses capítulos, na mais linda

História de amor se transformará.

Nem o tempo a apagará,

Porque sente o teu existir,

Me deixando ficar

Perdido nessas recordações.

Posso abrir,

Cada uma para relembrar

Essas nossas conversações...

Uma história de duas pessoas,

Que se vêem apenas na amizade,

Mas juntas completam a felicidade...

Meu coração, por que é que não voas

E me levas para perto dela?

Queria tanto estar com ela

Novamente.

Vê-la sorridente,

Deixando-me feliz...

As conversas são a semente e eu a raiz...

Quem sabe essas conversas curtas,

Se transformem em algo mais...

Espero que essa possibilidade não encurtas,

Porque esquecê-las jamais...