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quinta-feira, outubro 04, 2012

Passagem ir-real





Não sei ao certo como foi,
Mas encontrei uma passagem.
Talvez nesse novo mundo,
Habitava o herói
Que protegia aquela paisagem.
(Era um cavaleiro. Não ilustre
Por feitos guerreiros,
Porque a glória
Nunca seria seu objetivo.
Nem era dos primeiros
A derrubar seu opositor,
Por não sentir, por ninguém, rancor.

Esse jovem cavaleiro,
De modo nenhum era ambicioso.
Da mesma forma astucioso.
Era cavaleiro, sem realmente o ser,
Ou disso saber.
A força dele não se via,
Como poeta eu a sentia.
Grande também não era,
Mas sozinho ao céu chegava.)

(A passagem que atravessei,
Na paisagem
Onde estava o cavaleiro
Olhei ao meu redor:
- Vi flores e aves
Que cobriam o chão.
Parecendo um cobertor
Com figuras desenhadas.
Árvores cheias de frutos,
Todos eles bem corados
Pelo sol radioso,
E estávamos por eles cercados.
De todos os pontos
Da Rosa-dos-ventos,
Cada fruto reluzia.
Nesses momentos,
Pareciam os primeiros
Raios de sol.

Um rio de água cristalina
Descia pela colina,
Dividindo aquela paisagem.
O reluzir das gotas,
Faziam-me lembrar estrelas.
Lindo céu estrelado,
E eu estava mesmo ao lado
Contemplando-o e admirando-o.

Aquela erva verdejante,
Escondia em si
Todos os enigmas e segredos
De um cavaleiro viajante.
Também serviam de alimento
Aos animais que se encontravam
Em paz naquela paisagem.
Com merecimento
Tentava não perturbá-los
Enquanto apreciava aquele lugar.
O rio tinha peixes
De todas as cores e tamanhos.
Aqueles banhos
Eram dados com gosto,
Porque nadavam sem barreiras).

Depois de descreve o que vi,
Sem receios decidi
Ir ter com o cavaleiro.
Foi aí que descobri
Que eleera o guardião
Dessa linda paisagem.
(Perguntei-lhe, por que ele morava
Ali sozinho?
Respondeu-me que era seu refúgio.)
Aquele era o caminho
Da sua vida de criança.
Permitindo-lhe sonhar
Com a paisagem que neste mundo
Não conseguia encontrar.
Eu então percebi,
Que tinha descoberto
A passagem do real
Para o irreal.
- Estive no sonho de uma criança.
Que seja mais que um sonho
Eu tenho esperança.













Segurança rodoviária






A velocidade que escrevo um poema
Não se compara
À de um carro,
Mas se eu passar o limite, não há problema.
O mesmo não acontece
Quando um condutor
Põe o pé inconscientemente no acelerador
E bate contra outro automóvel,
Que ia rigorosamente
A cumprir os limites de velocidade.
Esse veículo brutalmente embate
Num muro,
Ficando completamente desfeito.
Aquele coração inocente
Que batia no peito,
Deixou de bater.

Imensos sinais de trânsito
Estão espalhados pela estrada.
Pelos vistos não vês nada,
Porque uma ultrapassagem mal calculada
Contribuiu para esse atropelamento.
Pobre criança,
Que ficará com uma cicatriz
Desse inesquecível momento.

Ao circular por estas estradas
Vejo que a segurança
Não existe na totalidade.
O que encontro
É o desrespeito mais audaz pelos sinais,
Já que para eles nem olham.
Na escola de condução andam,
Mas isso repetidamente não o, demonstram.

A variedade de sinais
É muito diversificada.
Por vezes estão mal colocados
E onde é suposto serem indispensáveis,
São repetidamente ignorados.
As cores destacam de forma precisa
As funções de cada um.
A cor vermelha é comum
Transmitir uma proibição,
Por favor, tem isto em total consideração.

A cor azul,
Além de prestar informações
Também nos lembra
Das nossas obrigações.
Respeita os peões,
Porque eles têm direitos.
Quem caminha a pé
Quer desfrutar
De uma boa caminhada,
Não interrompas a volta dada.

Para que haja
Segurança rodoviária.
Cabe a todos nós, respeitarmos
Todo um conjunto de regras
E normas.
Além de mostrarmos
Conhecimentos das leis de transito,
Estamos a zelar
Pela vida do próximo,
Igualmente pela nossa também.
Peço-lhe que pare para pensar,
Antes de no carro entrar
E de acelerar.
«Lembre-se, que um automóvel
Não é nenhum brinquedo!»

Velho olival






No olival
Onde cresci
E corri;
Tantas uvas, eu apanhei
E milho semeei,
Encontro-me sentado
Em cima de um tronco
De castanheiro.
Agora morto,
Pelos tantos anos
Que tem.

Servirá de assento
Até eu escrever
Este poema.
Dou-lhe mais um dia
De utilidade
Na minha poesia.

As oliveiras
Também velhas,
Que viram-me crescer.
Ainda se encontram
No mesmo lugar.
Nelas posso reviver
Aquele tempo de desencontro
Por eu aqui voltar
Mais velho,
Mas vivido.
Houve um espaço em branco
Entre hoje
E os dias
Em que elas,
Viveram minhas alegrias.

No tempo em que cá vivi,
Várias visitas, eu fiz
A este olival.
As oliveiras viam-me diariamente
E agora
Vêem-me tão diferente.
Peço-lhes desculpa,
Por ter estado ausente,
Mas quis navegar
Um novo mar.

Voltei, e voltarei sempre
Porque guardo nelas
As minhas memórias.
No olival estás presente,
Através delas
Revejo quem
De verdade partiu.
Quem te deixou,
De ti saiu
E nunca mais voltou.
Se eu ainda cá estou,
É por puder andar,
Puder cá voltar.

Ao olhar em frente
Vejo a paisagem
Que sempre via ao acordar.
Ela está mais nova,
Apesar de os anos
Que em mim vêem-se
Que estão a passar.
Continua deslumbrante,
Pura e fascinante.
O verde está mais vivo,
Pinta de forma
Visível aquela paisagem.

- Voltei a ti
Ó velho olival.
Sei que estou mudado,
Mas não leves a mal.
Sabes que ainda sou eu,
Quem em ti
Tantas vezes correu.
Guarda o meu lugar,
Vou-te deixar.



Vem e Vai






O dinheiro
Vem e vai.
Depressa da nossa algibeira
Ele sai.
É muito curto o tempo de posse,
Sendo passageira
A moeda vira
O sonho daquele
Que se deu conta disso,
Quando a sua barriga
Começou a roncar.
Em tempos foi rico,
Só que o dinheiro
Num instante vem
E num instante vai.

O tesão
Vem e vai,
Depressa ele deixa crescer
Aquele bebé sem pai.
Dura apenas minutos,
Por vezes é a causa
Do sofrer daquela criança
Que passa o tempo
A perguntar à sua mãe
De quem é filho.
Para desgosto seu,
Como agora já é um homem
Percebeu
O que tinha acontecido.
Sua mãe lhe tinha escondido,
Porque não queria que ele soubesse a verdade.
Apesar de ser já grande
Dele ainda sente saudade.

A fome
Vem e vai,
Mas ele cai
Por não ter forças.
Magro e desidratado,
Coitado!
Não tem vestígios de algo para comer,
Nem para beber.
Os ossos são visíveis,
Por dentro daquela pele seca.
O seu corpo
Está num estado
Tão miserável.


A justiça
Vem e vai.
Vem na lei
E vai na corrupção.
Para os pobres
Nunca vem.
Para os ricos
Depressa vai.
Condenando injustamente
Aquele inocente
Que não tem dinheiro
Para se defender.

«Estes são alguns dos exemplos,
Porque parece que tudo
Vem e vai.
Nada é eterno,
Por isso não sei
Porque dais
Tanta importância
Às coisas materiais.
O Homem preocupa-se tanto com o poder,
Mas tanto investimento
Não vale a pena
Já que a vida vem
E num ápice ela vai».



A descoberta


Depois de nove meses
Na barriga de sua mãe,
Finalmente nasceu.
Que bebé tão lindo,
Tão formoso.
Mais uma vida
Que se aventura
Neste Mundo misterioso.

No seio da família
Tem o primeiro contacto
Com o mundo.
Abre as primeiras
Portas da existência.
É tratado sempre com amor,
Como se tudo à sua volta
Fosse assim tão doce.
Dessa forma é envolvido
Em tanto carinho,
Transformando o Universo
Num paraíso.

Não vê grande diferença
Nos dias que passa,
Porque em todos está
Dentro do seu refúgio.
Cada dia é igual
Ao anterior,
Acreditando que isso mudará
No tempo futuro.

Talvez seja cruel,
Mas os anos voam.
Depressa deixa o seu casulo,
Parte assim num novo caminho.
- Só que garanto que a descoberta
Desta realidade
Terá um impacto
Enorme na sua vida.

Já que tudo aquilo
A que foi habituado,
Não passa apenas
De um conto de fadas.
Cá fora a tristeza,
O sofrimento,
O medo,
O ódio,
A violência
E a insegurança
São apenas alguns dos factores
Que antecipam o prelúdio
De um novo começo.

Ao imiscuir-se com a realidade
Deste inavegável mar,
Percebe que cada lição
Que obteve enquanto era bebé,
Agora não servia de nada.
Recomeça a sua vida,
Mas tendo em conta
Estes novos parâmetros.

Passaram os dias
A fazerem-lhe crer
Que o mundo era assim
Como nos livros.
Agora depara-se com isto
E fica totalmente desorientado.
Acreditem mais vale preparar
Cada ser que nasce,
Do que ele se decepcionar
Quando renasce,
Por ter descoberto
O horror que tinha sido coberto.



segunda-feira, setembro 24, 2012

Perspetiva de um homem sentado


Sentado, observo cada momento

Em estado contrário

Ao qual encontro-me.

Nesta espera, vem-me ao pensamento

Num pacifico vocabulário,

Que as pessoas presas à rotina,

Demasiadas aceleradas,

Nunca têm tempo para sentarem-se.

Esta calma que assina

E perdura no instante aqui sentado,

Reconforta-me de forma iminente.


Esta tamanha demanda

Pela competitividade,

Por tempos de uma crise persistente

Iniciada por quem «Manda»,

Impede-nos de ter «Liberdade».

O ser pessimista

Teme o jornalista,

Ao saber que ele tem sempre

Um valor de saldo negativo.

Mantendo-o mais cativo.

Se estivesse,

Como eu, assim sentado,

Talvez esta quietude lhe viesse

Fazer mudar de lado.



Sentado, observo cada momento

Em estado contrário

Ao qual encontro-me.

Nesta espera, vem-me ao pensamento

Num pacifico vocabulário,

Que as pessoas presas à rotina,

Demasiadas aceleradas,

Nunca têm tempo para sentarem-se.

Esta calma que assina

E perdura no instante aqui sentado,

Reconforta-me de forma iminente.


Esta tamanha demanda

Pela competitividade,

Por tempos de uma crise persistente

Iniciada por quem «Manda»,

Impede-nos de ter «Liberdade».

O ser pessimista

Teme o jornalista,

Ao saber que ele tem sempre

Um valor de saldo negativo.

Mantendo-o mais cativo.

Se estivesse,

Como eu, assim sentado,

Talvez esta quietude lhe viesse

Fazer mudar de lado.


A melhor opção,


É se sentarem,

Firmemente respirarem

E descobrirem o que realmente merece uma solução.



sexta-feira, março 04, 2011

Árvore da Paz

Todos os dias
Eu caminho por debaixo de ti.
O meus passos, guias
E tão tranquilo nunca, me senti.
Que boa sensação
Me transmite
Cada flor que cobre
Os teus ramos.
Ao vento faço um convite.
Um convite nobre,
De levar, não só a quem amamos,
Cada flor tua
Até ao interior de cada pessoa.
A flor actua
E espalha uma «calma» tão boa.
Fazendo-nos acreditar
Que a «Paz»
É o nosso refúgio mais seguro.
Chego-me a admirar,
De como o sitio onde estás,
Ainda continua puro!
Este meu espanto
Vem pela razão, de esta Terra
Ter perdido seu encanto.
Uma «Guerra»
De tamanha renitência,
Põe em causa a tua sobrevivência.
A cor branca,
Deixa de existir
E a cor vermelha vem cobrir,
Este novo «Mundo».
Por múltiplas e ambíguas razões,
Derrama-se sangue em elevadas porções.
Matar; Disparar; Ferir; Atropelar;
Roubar; Mentir; Rebentar,
São actos de carácter risível,
Que já fazem parte do dia-a-dia.
Nenhum parece punível,
O que me tira a alegria.
A cada hora que passa,
Acontece uma desgraça.
- Árvore da Paz,
Liberta as tuas flores,
Para que elas possam amenizar
O interior das pessoas más.
Que não haja ambivalência nos louvores.
A partir de «Hoje», nos iremos tratar,
Por seres Humanos e, não por «Senhores».
- Árvore da Paz,
Só perto de ti,
Eu fico em «Paz».

quinta-feira, março 03, 2011

Dúvidas





Verdadeiramente,
O que esconderá
A paragem súbita do coração,
Quando provoca a morte?
O que haverá,
Realmente,
Depois, dela cumprir a sua missão
E nos levar da vida?
Que segredos esconderá?
Esta vida terá
Mesmo continuação
Num corpo frio
Sem se notar movimentos de respiração?

Dizem que é da natureza do Homem
Deixar a carne e partir,
Mas até onde chega a ir?
Onde estará a porta que a alma abre
Ao desprender-se do ser?
Para onde irão
As almas que voam
Ou perfuram o chão?
Tanto um sitio como o outro,
Têm de ser amplos,
Ou não cabem todas elas.

E serão as que se perdem,
Aquilo a que damos o nome de «espíritos?»
Qual será a razão
Desse invisível regresso
Ao reino dos vivos?
Talvez seja,
Porque achou injusto ter
De o deixar
E ainda deseja
Por aqui caminhar.

Um corpo frio e incolor,
Pode lá deixar sair
Alguma coisa de dentro de si,
Estando verdadeiramente morto?
Então como pode libertar uma luz,
Logo após alcançar a sua meta?
E que luz é essa que nos guia
E diferencia o santo do pecador?
O cadáver ali dentro de uma caixa,
Deixa-se ser triturado pela terra,
Ficando apenas o esqueleto!
Como um monte de ossos
Liberta alguma coisa?

Estas são no fundo,
As minhas dúvidas.
Mergulhadas numa incerteza profunda.
Estas minhas suspeitas
Tornarão menor a minha fé;
A minha devoção;
A minha crença;
O meu credo?
Ou será menos sentida a minha oração
Pela existência delas?
Não. Não. Não!
Acredito em Deus
E no filho seu,
Como acredito
Num poema meu.

quinta-feira, abril 16, 2009

A alma e o corpo


A meio do caminho já estava,
Um certo cansaço em mim
Já notava,
Mas era maior o que me libertava
Desse momento ruim,
Em que o corpo fraqueja.

Mas minha alma não me deixa
Abrandar,
Motiva-me ainda mais
Pela razão
De saber que contigo ia estar.
Dá-se uma aceleração
No meu coração,
Não por ser um estado de fadiga,
Mas por saber que o momento
Estava próximo.
Sem sinais de abrandamento,
Já estou quase em cima
Do acontecimento.

Após ter subido,
Já me era permitido
Descansar.
Mas meus olhos
Naquele instante
Não se podiam cruzar
Com melhor visão
Que aquela linda paisagem,

Que apaziguou minha aflição.


«Cada árvore situada na montanha
Repousava,
Acompanhando o meu repouso.
Assim libertava
Meu corpo
De alguma sonolência.
O verde vivo
Fez brilhar minha vivência.

Mas a parte mais boa,
É que te senti
Ao olhar para ela.
Imaginei a tua pessoa
Mesmo ali.
O cume que quase tocava
O céu que me cobria
Era o rosto que sorria
De uma forma tão singela.
Que me fez acreditar
De como é bela
A Natureza.

O alinhamento do pinhal
Dava origem aos teus braços,
Que abraçava
Cada pessoa que para lá olhasse.
Como eu, que fixamente

Para aquela paisagem olhava.

Dando as boas-vindas,
Porque estava a deixar
De respirar poluição,
Começando a inspirar
Um oxigénio cristalino.
Pelo qual cada meu pulmão
Agradecia com tamanha gratidão.

O resto da paisagem,
Completava teu ser.
Espero não deixar de te ver,
Mas se isso acontecer,
Irei voltar lá para te rever.
Se sentir saudades tuas,
Vou compensá-las contigo lá.

Mas o que mais me aproximava
Daquela paisagem,
Era a brisa
Que me visitava
A cada segundo.
Ela me encantava,
Como se fosse a tua voz imaginada
Por mim.
Não quero mais nada,
Quero apenas ficar assim,
A olhar para ti.»

sexta-feira, maio 04, 2007

Canção






Canto a solidão
Tormentosa
Do meu coração.
Os dias sem aquela
Pessoa formosa
Estão a dar cabo
Das minhas recordações,
Porque se perdem
Em repetidas ilusões.

Magoam-me seguidamente,
Visto que ela
Não está aqui
À minha frente.
E eu sozinho
Vou cantando
A solidão
Que vou deixando
Nesta folha
Sem gratidão.

Mesmo apesar de a cantar
Com o mesmo sentimento
Que me permite dizer,
Pelo significado
Da palavra amar,
Mas desencontro-a dos meus dias,
Transformando-a em fantasias.

Canto as noites tristes
E envolvidas em visões
Sem alma, nem corpo.
Vazio, como aquele quarto escuro
Que alguém invisível procuro.
Meus olhos estão incapacitados
De te ver
E meu coração, de te sentir.
Em nenhum dos dois lados
Sua presença foi detectada.
A não ser na força do meu amor,
Porque na escuridão
Não existe nada!

Canto o meu coração.
Canto a minha solidão.
Canto o canto da minha paixão!

sábado, abril 14, 2007

Situações alarmantes















Os valores de outrora
Nos tempos de agora
Foram quebrados.
Entre cada parceiro
Não há respeito,
O amor verdadeiro
Já não se sente no peito.

Dizem que é sentido no corpo,
Onde um filho indesejado
Para este mundo é mandado,
Sem nenhuma informação.
O planeamento familiar
Não se vê nesta situação.

Jovens viram pais
Sem mente para tais...
Procuram só nessa altura
A ajuda que existe,
Mas a ignorância é que persiste.
No planeamento familiar
O agregado
Pode ser controlado.
Debatendo as medidas
Devidas, para que uma família
Numerosa
Não sofra de forma dolorosa,
Por não ter condições.
A qualidade de vida desses filhos
Será muito escassa.

Estando esses pais ausentes,
Acontece uma desgraça
Porque o filho procura as más companhias.
No rosto deles não se vêem alegrias
Já que os dias
São passados sem mãe, nem pai.
O tempo de ter em casa os dois,
Já lá vai.

«A mulher tem o dom
De gerar um novo ser.
É um momento lindo,
Como o desabrochar de uma flor.
Vê-lo crescer,
Como cresce uma planta
Quando brota.»

Sei que, por vezes
Algo corre mal
E a irresponsabilidade
Para o feto foi letal,
Porque consultar um médico
Era o ideal.
Esse filho não nasceu,
Com tristeza
Infelizmente o perdeu.

Não estando o corpo preparado
Para ter uma segunda gravidez
Logo após à anterior,
Repouso a ele deve ser dado.
Aquilo que aconteceu da primeira vez,
Assim possa ser evitado.
Um espaço de tempo
Entre cada gravidez é aconselhável,
Para a mãe e para o bebé
É o mais saudável.
Que o parto corra bem,
É o mais provável.

São situações alarmantes
Estas que mencionei.
Num tempo moderno como este
Isso acontece,
Mas porquê ainda não sei.
Parece que a evolução
Nem toda a população favorece.
Deve haver algum interesse
Para que isto seja corrigido,
Mas o esforço é que não é sentido.