O dinheiro
Vem e vai.
Depressa da nossa algibeira
Ele sai.
É muito curto o tempo de posse,
Sendo passageira
A moeda vira
O sonho daquele
Que se deu conta disso,
Quando a sua barriga
Começou a roncar.
Em tempos foi rico,
Só que o dinheiro
Num instante vem
E num instante vai.
O tesão
Vem e vai,
Depressa ele deixa crescer
Aquele bebé sem pai.
Dura apenas minutos,
Por vezes é a causa
Do sofrer daquela criança
Que passa o tempo
A perguntar à sua mãe
De quem é filho.
Para desgosto seu,
Como agora já é um homem
Percebeu
O que tinha acontecido.
Sua mãe lhe tinha escondido,
Porque não queria que ele soubesse a verdade.
Apesar de ser já grande
Dele ainda sente saudade.
A fome
Vem e vai,
Mas ele cai
Por não ter forças.
Magro e desidratado,
Coitado!
Não tem vestígios de algo para comer,
Nem para beber.
Os ossos são visíveis,
Por dentro daquela pele seca.
O seu corpo
Está num estado
Tão miserável.
A
justiça
Vem
e vai.
Vem
na lei
E
vai na corrupção.
Para
os pobres
Nunca
vem.
Para
os ricos
Depressa
vai.
Condenando
injustamente
Aquele
inocente
Que
não tem dinheiro
Para
se defender.
«Estes
são alguns dos exemplos,
Porque
parece que tudo
Vem
e vai.
Nada
é eterno,
Por
isso não sei
Porque
dais
Tanta
importância
Às
coisas materiais.
O
Homem preocupa-se tanto com o poder,
Mas
tanto investimento
Não
vale a pena
Já
que a vida vem
E
num ápice ela vai».
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