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sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Ser...


Ser igual a ti,
É um caminho incerto.
Um objectivo traçado.
Uma realidade sentida,
Sendo a minha
A continuação da tua vida.
Além de ser uma escola,
Onde és o professor
E eu através das tuas lições
Dou ainda mais valor
Ao meu lado distensor.

Ser como tu foste
E como és,
É o percurso que hei-de seguir,
Uma estrada,
Mas que nela duas vezes
Não vou passar;
Um principio inalterável
Por ser fiável.
Também já é a minha maneira
De viver,
Pensar
E de reflectir.

Ser semelhante a ti,
É mais do que uma ideia predefinida,
Um modo diferente de estar
Em contacto com a Poesia.
Uma cultura que pretendo preservar,
Um credo religioso,
Um espaço mais ditoso.
Acaba por ser a parte espiritual
Da minha doutrina.

Ser interiormente igual a ti,
Mas sem utilizar palavras difíceis,
É o que quero ser
Porque sempre te admirei.
As personalidades em que te multiplicaste
Um fascínio em mim libertaram.
Quero que tu e eu
Possamos conduzir
o lápis,
Para que eu
Ultrapasse o próprio limite.

Ao ser igual a ti,
Posso tratar a poesia devidamente.
Apaixonadamente,
Da maneira como me ensinas
Escrevo o que começaste.

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