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sábado, fevereiro 10, 2007

Clandestino...



É aquele que deixa o seu País Natal
E se aventura numa viagem perigosa
Até à Terra Prometida,
Só que está escondida
Nas costas de uma promessa duvidosa.
Ao longo da sua passagem
São frequentes os perigos mortais.
Todos quilómetros têm minas reais,
Mais reais que a hora da chegada.
Toma muitas formas cada empecilho,
Dificultando, até então, aquele trilho.
Perante o perigo
Sente seu sonho a enfraquecer,
Pelo facto do percurso extenso
Não estar a correr bem.
Vê ameaçada a sua esperança,
Foi num instante
A vinda daquela preocupação,
Mas esse não era o dia ideal
Para a transição!
A via marítima que escolheu,
Do seu objectivo se esqueceu,
Porque num naufrágio ele pereceu.

Também é aquele sobrevivente
Que fez a mesma viagem,
Motivado pelo mesmo sonho,
Mas com mais sacrifício.
Em condições desumanas,
Desde a partida,
Encontrou a Terra Prometida.
Quando recorda
Tudo pelo que passou,
Lamenta cada alma
Que nas águas negras mergulhou.

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