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terça-feira, fevereiro 07, 2006

" No meu caderno "



No meu caderno de estudo,
Cada vez que pego nele,
Vejo lá o teu nome escrito.
Num vocábulo mudo,
Sinto que ele,
Não está apenas lá, porque acredito
Que há muito entrou dentro de mim.
Isso deve ter algum fim,
Porque não paro de chamar por ti...
Só não sei o que faz ali...

Mas não está escrito apenas naquele,
Porque aquele
Caderno a que neste poema me refiro,
É apenas uma parte do meu suspiro.
Como é um caderno diário,
Escrevo-o à procura de um comentário
Que justifique ali a sua presença.
Penso que já não faz diferença,
O sitio onde ele se encontra,
Em cada verso
Com meu coração se reencontra.
Parece que não é contra,
Esse espaço adverso...

Tenho a sensação
De ouvir tua voz
A pronunciar aquele nome tão sugestivo.
Saem do meu coração,
Promessas, mas ainda estamos sós.
Por isso, é um passo negativo,
Queria mesmo ser teu.
Meu ser ainda não aprendeu
Que não queres nada comigo.
Sinto algo inseguro,
A cada momento que passo contigo.
No teu interior, um sim ainda procuro.

No meu caderno descrevo-te,
Este poema agora escrevo-te
Para contar-te
Que são muitas as regalias
Que me fazem pensar em ti.
Um pouco da minha dor alivias,
Ao trazer-te para aqui...

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