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segunda-feira, fevereiro 27, 2006

" O homem e a morte "













O homem e a morte
Nunca se encontram...
Parece que se desencontram
Numa oposição tão forte.
Ele é, até ao fim dos seus dias,
Permanentemente, macerado
Pela proporção de cada pecado.
Esta degenerescência
Que consome as convenções
Feitas, nas suas confissões.
Pelos vistos, ele não garante
Um lugar aqui,
Quando mostra algum arrependimento diante
De ti...
Mas que ser sem castidade,
Não merece tamanha divindade.
Aquele Deus, que lhe deu a vida,
Vê a sua fé detida
Nas promessas que fez,
Mas que delas se esqueceu.
Na hora, ele se emudeceu...
Por saber como és,
Deus, vê na morte
A pena pelas tuas más acções...
Aqui não há excepções,
Porque não é uma questão de sorte.
Quando a morte assume o seu papel,
Não me pergunto, por onde andarás,
Porque sei que aqui já não estás...
Sei que pode ser cruel
O seu aparecimento,
Mas ela aparece, por causa do teu consentimento.
Isto é muito mau,
Mas és tu, que permites que isto aconteça.
Desta vez desceste o degrau,
Que te manterá afastado desta vida.
E que lá prevaleça,
A tua ferida,
E que seja eterna a tua partida...

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