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segunda-feira, agosto 21, 2006

ABANDONO
















Olhando para o lago,
Vejo o rosto de uma criança abandonada.
A tristeza no seu olhar,
A saudade que sente
Dos pais que nem sequer conheceu.
Sei que esta criança não escolheu
Os pais que teve,
Mas mesmo assim
Imagina-se ao lado deles.
Essa criança não sou eu,
Mas sou eu
Que escrevo este poema
Para sensibilizar
Os casais jovens,
Que se for para abandonar
Mais vale não ter.
Sei que podem abortar,
Mas contra o aborto eu sou,
Porque Deus nos criou.
Como Deus nos criou,
Devem criar o vosso filho!
Se a semente está dentro da barriga,
Já é uma vida,
Por isso ao abortar
Estão a impedir
O nascimento de um ser,
E sabem o que isto quer dizer?
Desculpem-me por usar as expressão,
Mas estão a ser assassinos.
Posso ser condenado por isto,
Porque arranjam sempre uma desculpa
Para porem a culpa
No ser que por aí vem.
Mas culpa ele não tem
De ser já uma semente...
Sei que esta é a minha opinião,
Mas esta não é propriamente a razão
Que me leva a escrever este poema.
O verdadeiro porquê,
É por saber que um recém-nascido
É completamente indefeso.
Não sabe como reagir,
Já que facilmente
Os pais podem fugir.
Claro, mais cedo, ou mais tarde
Esse abandono o irá ferir.
Deve ser ruim para ele,
Acordar no ceio de uma família
Sabendo que não é a dele,
Já imaginaram isto?
Ele até teve sorte de encontrar
Uma nova família.
Mas, e aqueles que vivem em instituições
Como será a vida,
E o que sentirão eles de verdade?
Quando forem, digamos, jovens,
Como reagirão sabendo
Que foram abandonados?
Não me respondam que lhes mentem,
Que nunca lhes disseram
Que foram abandonados pelos seus pais,
Porque cada pessoa merece saber qualquer verdade.
Deve ser doloroso
Saber que foram abandonados
Pelas pessoas que lhes deram a vida.
Para mim a relação
Dos pais para com o seu filho,
É algo lindo, mágico, divinal,
A melhor coisa que Deus nos deu...
Não acham?
Será que há alguma razão,
Para o porquê desta relação?
E por favor, não quebrem este ligação...
Prometem?...

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