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sexta-feira, agosto 11, 2006

“Tudo o que sou”














Tudo o que sou
Está dentro do meu coração,
Reflecte-se em cada poema
Promovendo a invocação
Do meu verdadeiro eu.
Exprimindo a faceta
Deste insignificante ser,
Que só por detrás duma caneta
Consegue viver.
Vivo camuflado,
Como se fosse a incógnita
De um mau resultado,
Mas que consegue encontrar a solução
Por ter mais que uma personalidade.
Não sou uma desilusão,
Apenas escondo-me
Desta crueldade,
Desta inóspita realidade.

Tudo o que sou
Resume-se a uma caneta,
A um lápis,
A uma borracha
E a uma folha de papel.
A caneta e o lápis, passam para a folha
Tudo aquilo que circula
Pela minha alma.
(Tristezas, desilusões, visões,
Pensamentos, opiniões
E tanta discordância
Desta vida injusta,
Onde viver só me custa).
Cabe à borracha
Apagar todos estes males.
Amor,
De pouco me vales,
Apesar de seres tão forte,
Mas falta-me a sorte.

Tudo o que sou
É passado para um poema.
Deve ser estranho,
Mas uma caneta
Consegue escrever versos
No meu coração.
Pena que por vezes aumentam
A minha dor,
Sendo tão triste a minha poesia.
Claro que todos os poemas
Para mim têm valor,
Porque são as linhas
Que construíram
A vida deste poeta.

Tudo o que sou
Encontras em cada
«Fruto da minha solidão.»
Foi por isso que amadureci
E agora ando por aqui
Sem compreender
Este Mundo
Que só me faz sofrer.

Tudo o que sou
Não dá para escrever...
(Sou mesmo tudo,
Ou não sou nada?)
Se alguém me responder,
Que faça primeiro esta pergunta:
«O que somos nós?»

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