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sábado, abril 15, 2006

"Confesso-te..."



Confesso-te que foram algumas
As vezes em que me imaginei
A tocar na tua pele.
Mas em nenhumas
Eu disso abusei.
Respeito-te tanto,
Sei que sabes o quanto.

Apesar de nunca
Lhe ter tocado,
Sinto a sua suavidade.
Quando estou do teu lado,
Aparece a tal vontade.
Mas não o faço,
E sabes porquê.
Parecendo estar à sua mercê,
Mesmo quando a abafo.

(Dentro do portão,
É outro ambiente.
A tensão
Ali presente,
Faz-me imaginar
Que te estou a beijar.

Beijo,
Sem desejo,
Aconchegando-se no amor.
Daí é que vem a razão,
Para ter aquele sabor.
Sei que não é uma ilusão,
Porque ele é a iniciativa
De um presumível namoro.
A sua visão
Me cativa,
Porque não o ignoro.)

(A tua maneira de sorrir,
Por vezes, chega-me a iludir,
Quem me dera poder saber
O que estarás a sentir
Naquele momento.
Não sei o que tenho de fazer
Para o descobrir.
Quem me dera que um novo sentimento,
Daí pudesse surgir.

A amizade é o sentimento
Mais importante,
Mas diante
Daquele momento,
Contigo, só penso em te amar.

Jamais te riria enganar!
Damo-nos tão bem,
Por isso, que mal tem?
«Um dia responde-me, por favor...
É teu este amor.»

Sim, é amor
Aquilo que sinto por ti.
Tens tempo para lhe dares valor,
Porque ele estará sempre aqui,
Dentro do meu coração.
Mas que confissão!)

(Espera por uma chance,
Sem um previsível alcance.
Agora sei porque me toca tanto,
A doçura do brilho do teu sorriso.
Tanto, quanto
Eu dele preciso.

É mais do que uma necessidade,
O facto de te querer ver
Quase sempre.
«Isto aqui é verdade!»
O facto de ela às vezes não poder,
Imagino-a à minha frente.

Nessa minha imaginação,
Torna-se mais fácil a nossa relação.
Já não somos crianças,
E mesmo sem esperanças
Vindas da tua parte,
Eu esperarei...
Dia e noite, contigo estarei,
Se sonhar fosse uma Arte,
Seria o artista mais feliz
Do mundo.
Sendo correspondido
Este sentimento profundo.)


(Sentado nas escadas
Pela primeira vez eu estava.
A cada segundo te olhava,
Frequentemente te fixava.
No teu olhar
Sentia algo a me chamar.
Mas ainda não sei o que é.
Parecido a um mar sem maré,
Onde pelas águas caminhávamos,
Juntos ali estávamos,
E ficávamos.)

É isto que vejo
Quando fixo teus olhos.

Além do beijo,
De amor
Que não roubarei.
Dou muito valor,
A isto que imaginei.

Confesso-te sem receio,
Enquanto este poema releio...
O que achas desta confissão,
Responde-me sem nenhuma hesitação...

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