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quinta-feira, abril 20, 2006

"O silêncio da solidão"


Parece que são milhares
As pessoas que vivem sozinhas.
São assim vizinhas
Da própria solidão.
Idosos isolados,
Em lugares
Absolutamente desertos.
Estão apenas rodeados,
Por pensamentos incertos.

As tais recordações,
São responsáveis por essas lágrimas.
Despertam contradições,
Em relação aos pensamentos dissipados,
Pelo murmúrio do silêncio da solidão.
Assim são largados,
Constantemente os tais medos.
Transformando-se em segredos,
Os dias que passam sem ver ninguém.

«Dizem que a solidão não faz bem,
Mas eu prefiro estar só.
O mundo está tão violento,
Encontrar um lugar seguro
Eu nem tento.
Encontro o que procuro,
Na voz de cada sentimento,
Expresso nas folhas de papel.
Sigo-o como se fosse um cordel,
Onde subo, e chego à harmonia,
Porque este sentimento é a minha companhia.»

O silêncio comunica
Com a solidão,
Mas ela não abdica
Da sua posição.
Emerge por entre as brisas,
Fundindo-se com elas
No momento em que estás só.
Acorda a agonia
Que se faz sentir,
Deixando sair
A vontade de partir.

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