
Tantas vezes faço esta pergunta,
Mas quando olho para ti,
Lembro-me daquele dia que te conheci.
Vejo agora um outro ser,
Como é que deixaste isto acontecer?
O tempo passa,
E ainda não obtive
Nenhuma resposta.
Dentro de ti, agora vive
Um outro «eu».
Por que é que isto aconteceu?
(Aquela tua sensibilidade,
Que completava a tua
Doce personalidade,
Infelizmente desapareceu.
O culpado não sei se fui eu,
Porque bastou ausentar-me
Durante este tempo,
Para encontrar-te
Assim, neste estado.
Quem me dera
Que esse tempo não tivesse passado.)
(Aquela tua inocência,
Que desenhava o teu caminhar,
Deu origem a essa rebeldia
Que modificou
Por completo o teu andar.
Onde por ele estende-se
Uma nuvem cinzenta.
Aí, a neblina
Alimenta,
Essa mudança tão repentina.)
(Aquele teu olhar meigo,
Que explorava cada ponto vital
Deste corpo que te deseja,
Transformou-se numa
Rebelde expressão.
Nela existe alguma
Coisa, que magoa meu coração.)
(Aquele teu jeito inocente,
Que me deixava tão carente,
Agora não existe.
Se me vês triste,
É porque aquela simples alma
Já não vejo em ti.)
Pergunto ao tempo,
Pergunto ao Presente,
Pergunto aos meses que passaram,
Pergunto às horas
Em que estive fora,
Mas elas também se calaram.
Mas afinal, por que mudaste?
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