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terça-feira, abril 11, 2006

" Tirar uma vida "




O homem,
Como pode ser capaz
De tirar uma vida
A um ser semelhante?
Alega-se fundador da paz,
Mesmo contribuindo para a partida
Dessa alma, nesse tal instante.

Acha-se mais que o seu semelhante,
Ao ponto de cravar
Uma estaca no teu coração.
Mata uma pessoa,
Como se estivesse
A cometer um acto digno...
Sendo a prova,
De que está acima da lei cristã.
Mas estará mesmo?...

Tira essa vida,
Fazendo da ferida
Um método de ameaça.
Só que, por vezes, são centenas
As almas que nessa desgraça,
Deixam este mundo e partem.
Se o homem não tem o direito
De tirar uma vida,
Como pode tirar vidas aos milhares?
Foi a revelação desse feito,
Que me fez perguntar:
- «Que crime pode merecer
Uma sentença mais severa
A não ser esse?»

Nem as criança,
Por serem a luz
De cada geração,
Conseguem sobreviver
A este massacre sem explicação.
Se não as deixam viver,
Será que haverá alguma renovação?
Mas será que alguém
Por acaso, se deu conta
Que são apenas criança?
Cada um de nós, provém
Da mesma semente,
Independentemente
Da glória que obtém.

Nenhum motivo justifica,
Esta saudade que fica
Com a partida desse ser.
Não foi certo o que decidiste fazer,
Porque mataste o irmão,
O pai,
Ou a mãe,
Dessa família.
Uma família como a tua,
Que perdeu um ente querido.
Por acaso, sabes o que provoca,
O acto de tirar uma vida
Nas pessoas que choram
Aquela partida?

«Sinto que aqueles seres
Que matam pessoas,
Não têm coração.
Se alguém condenar
Esta minha afirmação,
Então, que responda
Às diversas perguntas
Que fiz ao longo do poema»

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