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quarta-feira, abril 26, 2006

"Tempo"

Tempo,
Por que passas?
A vida de uma tal
Maneira abraças.
Que tudo muda coma a tua presença.
Pelos vistos é tão extensa
A tua existência.
Tens uma tremenda influência
No ciclo da vida,
Que nem se dá falta da tua partida.

Tempo,
Envelheces
O mundo,
Mas o rejuvenesces
Segundo a segundo.
Apesar disso,
Sinto uma angústia
Com a tua passagem,
Porque modificas a paisagem
Com novas pessoas.
E foram tantas
Aquelas que por tua causa
Para trás ficaram.
Não me dás uma pausa,
E aqueles momentos
Infelizmente já passaram.

(Restam-me apenas lembranças,
Meras recordações,
Que tu, teimas em dissipá-las
Do meu pensamento.
Não sei as razões,
Mas queres apagá-las,
Apagando também este sentimento?
Será que fazes isso,
Para o meu bem?
Cada vez que penso nisso,
Percebo que me deixas aquele alguém).

Tempo,
Até os animais
Sofrem com a tua passagem.
Não são desiguais,
À tua existência.
Ela não dispensa,
Fazer uso da tal influência,
Envelhecendo cada ser vivo.
Penso que és um tanto agressivo,
Impedindo cada ser
De viver
Livremente...

Tempo,
(Agora com 17 anos,
Vejo a rapidez
Com que passas.
Lamento os enganos,
Sem sensatez
Das mentiras tão escassas.
Sei o quanto iníquo
Podes ser para nós.
São nos momentos
Em que estamos sós,
Que nos mostram
Como é contínuo
O teu ritmo).

«Ó tempo,
Não passes a correr,
Passa antes devagar.
Não passes, por passar,
Deixa-me viver.»

Tempo,
Por que passas?

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